Portugal é hoje um país
democrático. Isto significa que as pessoas podem deslocar-se livremente e expressar
a sua opinião sem receios. Mas nem sempre foi assim.
Portugal foi governado durante
muitos anos por António Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros entre
1933 e 1968. Nos anos 30, Salazar criou o Estado Novo, uma ditadura muito
autoritária, e a PIDE, uma polícia política, para controlar todos os movimentos
dos cidadãos. As pessoas não podiam votar nem falar livremente. Também não se
podiam reunir em associações e sindicatos, nem sair do país sem autorização.
Havia muita pobreza e existia
censura na esfera cultural: muitos filmes, livros, músicas, revistas, jornais eram proibidos. Na escola, as crianças
eram separadas, ou seja, os meninos e as meninas estudavam em salas diferentes.
Nessa altura, Portugal possuía várias colónias em África: Angola, Moçambique,
São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Cabo Verde. Os habitantes destes
territórios queriam ser independentes. Porém, Salazar não estava de acordo com
esta ambição e, em 1961, deu-se início à Guerra Colonial que durou cerca de 13
anos. Cansados de tanta miséria, falta de liberdade e de uma longa e sangrenta guerra,
os portugueses decidiram mudar a história do país em 1974. A 25 de Abril, os
militares organizaram um golpe de estado para pôr um fim à ditadura
salazarista. Passados 48 anos, a palavra democracia voltou a fazer parte do
vocabulário do povo português.
(texto da prof.ª Marla Andrade
O filme Capitães de Abril, da atriz e realizadora Maria de Medeiros, reproduz o que se passou na madrugada de 24 para 25 de abril de 1974. Aqui fica um trailer do filme.
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